domingo, 16 de setembro de 2012

Help me, God!

8 de Setembro de 2012

Hoje parei pra refletir e me dei conta de algo sobre o que nunca havia pensado antes. Como é deprimente sentir saudades, sentir falta. Meu Deus!
Sinto falta de um tempo que não tão cedo voltará. Sinto falta de uma vida que levei, e pior: de uma pessoa que fui. Posso seguramente afirmar que, durante um tempo, eu vivi cada segundo e cada prazer da minha humilde vida. Vivi dias magicamente abeçoados e inexplicávelmente satisfatórios. Mesmo diante a problemas por vezes incontáveis. E sinto profundamente em dizer, que a explicação pra isso é ridiculamente óbvia: minha motivação era unicamente interna. Não me importava com a falta de tempo, ou a falta de dinheiro, nem com o excesso de problemas. Eu simplismente tinha prazer de viver os dias da melhor forma possível.
Mas engraçado como a nossa vida muda drásticamente em tão pouco tempo. Sinto falta de acordar com o nascer do sol, tomar um café preto e escutar um bom CD pela manhã. Sinto falta de bons amigos que cultivei, mas que infelizmente já não vejo com frequencia e talvez nunca volte a ver. Sinto falta de uma garra institiva que era minha, de natureza. Sinto falta de escrever, como sinto falta de poucas coisas na vida. Sinto falta da paixão gratúita que por vezes transbordava de mim, de maneira incontrolável. Por mim mesma, pelos outros, pelos animais e pelas flores... Sinto falta das fotos, que embelezavam meus dias. Sinto muita falta de dançar! Ah, como eu amava... E eu demorei a descobrir o quanto amava a dança.Sinto falta dos meus dias sem propósito, sem preocupações e repletos de fé. Talvez, falte fé em mim. Fé na minha vida, nos meus objetivos. Diria que ainda não me encontrei.
Analisando friamente, eu vivo hoje uma vida bem melhor que vivi: tenho emprego, terminei a escola e me graduei técnica, duas coisas que amaldiçoei por muito tempo, faço curso de linguas pra logo morar no exterior, me exercito regularmente, melhorei minha alimentação e deixei alguns vícios. Vejo alguns de meus parentes mais especiais regularmente. Tenho poucos, mas verdadeiros amigos. Tenho um amor que me faz bem e uma família ótima.
Mas me falta magia! Santa magia que iluminava meus dias...
E aí me deparo com o maior de meus problemas: Eu sei exatamente o que me aflinge, mas não sei MESMO por onde começar. A vida está passando, e eu estou assistindo o caminhar dos dias pensando fixamente em meu destino, querendo saber onde é que esse trem vai me levar. Mas definitivamente me esqueço de uma coisa, quase que o tempo todo: o que realmente importa, é a viagem.

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