sábado, 30 de maio de 2015

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Dia de ouvir o silêncio



Há alguns dias, discutiamos numa roda de amigos sobre a magia de se ouvir o silêncio. Em tempos que carros, trens, aviões, sirenes, vendedores ambulantes e outros tantos barulhos preenchem cada cm² de espaço na minha querida São Paulo, momentos para se ouvir o silêncio são raros e sutis, ocupam um curto espaço de tempo que muitas vezes passa despercebido.
A magia de ouvir o silêncio, pra mim, vai além de se ouvir os pássaros, ouvir o vento soprando as árvores... Pra mim, ouvir o silêncio significa ouvir a alma. Nesse tumúlto que são nossos dias, quase nunca nos preocupamos em ouvir o coração, ouvir o espírito, o que nosso interior tem a dizer. Falo por mim, que há muito tempo não me permitia ouvir...
Depois de um dia agitado, com notícias boas e outras ruins, com coisas que deram certo e outras nem tanto, tirei o fim de tarde pra ouvir a mim. Tranquilamente, em silêncio, dei uma limpada na minha vida. Digo, uma limpada nas estantes, nos papéis bagunçados, nas notas fiscais jogadas, nos jornais esquecidos. Estendi os lençóis, coisa que não faço. Abri as janelas... Deixei o sol e a brisa do crepúsculo adrentarem. Escutei meu coração, cansado, incompreendido, mais por questões existenciais do que por problemas externos... Dei um tempo pra mim.
Agora, o silêncio é preenchido pelo som repetitivo dos teclados. Nada mais. Me sinto mais leve e serena, pelo simples fato de escutar o clamor da minha alma. Paz. É isso que me faltava, é isso que me falta todos os dias. Preencher meu tempo com utilidade, com cultura, com prazer, com silêncio. A escrita me ajuda a ouvir o silêncio e a traduzir o que minha alma quer dizer. Por isso, deixo aqui registrado, mesmo que seja pra ninguém ler, que ela não mais sairá da minha vida.
Os dias de ouvir o silêncio são necessários a todos nós. Experimente um pouco ouvir o seu silêncio, entender a sua dor, sua angústia. O fato é que a resposta pra quase todos os nossos problemas está dentro de nós... Basta ouvir.





Boa tarde!






Débora Damy
22 de novembro de 2012

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Desabafo: falando de respeito.

Dia estranho.

Sampa voltou a ser a terra da garoa por uns instantes, o que faz os paulistas relembrarem velhos e úmidos tempos. Mas dias nublados são tristes. As coisas não fluem, os problemas aparecerem e as feridas doem, o sentimentalismo aflora. Junto a ele, afloram as poesias mórbidas e as músicas tristes, e principalmente as profundas reflexões de indignação.
Falando nisso, vejo que a palavra "respeito" tem se perdido ao passar dos anos e, em dias de chuva, sua ausência se mostra marcante. Qual a dificuldade em respeitar os outros? Não entendo como seres racionais e "evoluídos" que somos, sentem tamanha dificuldade em assimilar e reproduzir respeito.
Respeito às opiniões, às crenças, aos pontos de vista, ao trabalho que as outras pessoas realizam. Respeito ao amor, à confiança, aos parceiros... Respeito aos amigos e às suas decisões, respeito à família.
Por que será que é tão difícil amar e respeitar ao próximo, como Jesus tentou nos ensinar? Penso em falta de orientação, de educação, em desvio de caráter. Mas ao meu pequeno e pensante ser, nenhuma justificativa parece plausível, válida. A questão é que estamos todos um tanto quanto perdidos, errôneos e julgáveis, vulneráveis. Mas a essência, aquela que fica lá no fundo, continua aqui. E eu torço pra que essa, pelo menos em mim, se mantenha intacta e guiando meu falho ser. Me guiando pra que eu não peque pelo excesso de respeito e conservacionismo em alguns aspectos, e nunca, nunca, peque pela falta de respeito ao próximo.
Então, mesmo em tempos realmente difíceis, que eu tenha força para transbordar amor e respeito, e que eu seja menos uma pra essa grupo deprimente de pessoas que dispensam mas comentários.

Mais um desabafo, e fim.
Bom feriado, e menos desgosto pra mim.

Um beijo.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Velhos amigos.

Enfim, mais um dia. Um dia difícil que, entre outras coisas, me fez pensar. Me fez agradecer pela educação que tive, pelas lições de vida que aprendi e pelas muitas dificuldades e mudanças pelas quais passei.
Agradeci também pelo sucesso de algumas pessoas que um dia foram muito próximas, mas que já não são.
Fico feliz em ver que cada um toma um rumo, mas todos caminham pra frente. Em diferentes sentidos e velocidades, mas todos com objetivos traçados e foco. Independente das causas dos distanciamentos, não desejo mal a nenhum deles. Pelo contrário... Comemoro de longe, cada conquista, como se ainda fossemos bons amigos nos velhos tempos.
Então também agradeço por poder sentir o que sinto por essas pessoas (que não são poucas). Agradeço por poder sentir saudade, por poder sentir orgulho, mesmo que seja platônico e possivelmente não recíproco.
Muitas vezes fico me perguntando como seria se tivéssemos relevados alguns acontecimentos, perdoado algumas coisas, dito ou deixado de dizer algumas palavras... Talvez estivéssemos juntos pra todos os lados, rindo e nos encontrando sempre, compartilhando as alegrias, as dificuldades e os medos... Caminhando juntos, talvez para o mesmo sentido e na mesma velocidade, quem sabe?
Porém, infelizmente o "se" não pertence a minha vida nem a minha realidade. Portanto, devo aceitar e me conformar com as coisas como elas são. Me resta apenas observar e torcer por vocês, todos vocês que já foram os maiores e mais queridos amigos desse mundo.

Boa sorte!



Relembrando verões.

 take pictures
walk 
 relax
 see
 swim
 fly

admire
laugh
 seduce
smile
 wake up
 tan
sleep
 shame
pose
 break away
go
 shy
pinch
 X!
 serious
 spontaneous
 play
 love
 and start all again....

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Desafeto

    Os desafetos estão por toda parte, em todos os lugares, em todas as pessoas. Eles estão em todos nós; por nós mesmos, pelos demais, pela casa, pelo emprego... E sabe, eu me recuso a entender por que é que cultivamos tanto desafeto.
    Esqueçamos agora as questões materiais, e nos foquemos nas relações entre as pessoas. Por que é que cultivamos tanto rancor gratuito, tanto desprezo sem propósito, tanta maledicência? Por que é que sempre temos um rival, um desafeto, uma intriga pra alimentar? 
    Faço-lhes hoje uma proposta: 
   Meus caros, deixemos esse desamor de lado! Pra que continuar alimentando sentimentos degradantes à alma? As dificuldades que enfrentamos em nossas vidas são quase sempre reflexo da pessoa que somos, do que desejamos ao próximo, do que praticamos como seres humanos.
    Se sua vida anda repleta de mágoas, de problemas e as coisas não caminham pra frente, é hora de repensar. 
    É sempre válido lembrar que devemos ser a mudança que queremos ver. Não devemos nunca esperar a atitude do próximo, mas sim ensinar aos outros como mudar. 
    Que sejamos nós, o começo de uma mudança da sociedade. Que melhoremos por iniciativa própria, e que demos a mão ao nosso Desafeto pra mostrar-lhe o caminho. Sejamos o "bom dia" e as "desculpas" que gostaríamos de ouvir. 

    E plantemos, todos os dias, a semente do amor e da paz em nossas almas, em nossos corações. 
    Afinal, o bem é o alimento da alma.






Boa tarde!




sexta-feira, 21 de setembro de 2012