quarta-feira, 14 de julho de 2010

Nublado, gotas e tristeza.

Há uma boa quantidade de minutos estou parada em frente essa tela me perguntando sobre o que escrever. Ontem, tive idéias incríveis, mas que se foram da minha mente carregadas pela chuva. O assunto na verdade é sempre um grande problema. Acontece tanta coisa no mundo enquanto os milésimos de segundo correm no relógio, dentro e fora das pessoas, que os assuntos tornam-se infinitos. Porém, em dias de chuva como esse, tornam-se também extremamente vagos, e sem magia.
Hoje, eu poderia escrever sobre problemas, e tristeza. A coisa mais comum nas pessoas em dias de chuva. Poderia escrever palavras de conforto e força, pra determinados amigos que precisam de uma mão pra lhes erguer do chão após uma queda, e trazê-los para a vida e para a realidade novamente. Eu poderia falar da minha monótona e desagradável (aos olhos alheios) vida, na qual me dei conta no dia de hoje, que levantei pela manhã, comi um pedaço de pão puro, tomei um café frio e nem abri as cortinas pra ver como estava o tempo lá fora. Pior que vida de presidiário, aparentemente. Mas esse é um tema no qual eu me auto julgaria, e isso é desagradável em dias de chuva, então seguimos para o próximo. Eu poderia escrever sobre como sou e estou feliz mesmo vivendo enrolada em cobertores, dopada de remédios para dores menstruais, com um de meus livros favoritos. Mas isso seria injusto para com as primeiras pessoas citadas, porque já tive dias e momentos como os delas. Eu poderia falar sobre a conversa séria que tive com a minha irmã essa madrugada, enquanto eu tentava ler e ela insistia em dividir comigo a sua maior revolta: por que cabeleireiros em geral não entendem o significado do termo UM DEDO? Isso de fato seria um tema extremamente polêmico, porque todas as mulheres (e uma boa quantidade de homens também) do mundo já saíram carecas de salões e barbearias porque aparentemente o especialista na área não entende o significado de "um dedo". Por mais que o tamanho do dedo seja relativo, um dedo é um dedo, e ponto.
Mas em meio a tanto assunto que poderiam (ou não) serem dissertados por horas, eu optei por escrever pelo fator que enfatiza todas essas dores: a chuva. Chuva, peço que caia de vagar. Molhe esse povo de alegria, para nunca mais chorar!

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