segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

"É Carnaval, é hora de sambar
Peço licença, ao sofrimento
depois eu volto pro meu lugar..."

Faz tanto tempo que eu não escrevo, que agora até me perco e me embaraço com as palavras. A porcaria da rotina ta me emparedando de vez, mas agora o bicho ta pegando e infelizmente ando isolada de aquilo que eu gosto. As últimas palavras, e os últimos flashes, foram há um tempo, nas férias de verão. Agora que elas se foram, e que o dia-a-dia ta me tirando o fôlego, a minha inspiração desceu pelo ralo.
É Carnaval, e eu to insatisfeita. Eu to cansada, de tanto tédio, e de tanta queixa comigo mesma. TPM é uma porcaria, e um deslize basta pra acabar com o meu astral. É Carnaval e eu não cantei marchinha, não joguei serpentina, nem rolei no confete. Não brindei, nem bebi cerveja, nem acompanhei a bateria da gaviões contar a história do centenário. Enquanto as praias transbordam gente, falta caipirinha e churrasquinho no espeto pra muvuca, eu curto cólicas e sorvetes derretidos na minha metrópole quente. Há alguns dias, o meu fruto de amor fez aniversário, e eu ainda não me declarei pro meu homem como todos os meses, por pura e simples falta de tempo e revolta com a minha vida tediosa e cansativa. Carnaval pra mim, não é mais tempo de festa. Agora é tempo de esticar as pernas, me queixar do que não devia, e assistir snowboard e patinação artística nas olimpíadas, no outro lado do mundo, louca pra me esbaldar no meio do gelo, e do exterior.
Agora ta caindo o mundo lá fora, ta passando novela, e eu aqui. Buscando dentro de mim algum traço de inspiração, qualquer um, pra que eu possa publicar qualquer conclusão construtiva, mas contraditoriamente mergulho enfim no infinito do nada que é o desabafo...
Sem pé, nem cabeça, nem proveito, nem parcelas produtivas...
Apenas palavras, mais palavras nuas e cruas, sem sentindo e sem objetivo...
Desencaixadas e sem lógica, elas causam uma explosão de sentimentos que eu ainda não aprendi a interpretar...

De fato... apenas um desabafo. E fim


O nó que desamarro, surge pra me dar um nó.

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